Para muitas pessoas a comida não serve apenas para saciar a fome, mas também como válvula de escape para lidar com problemas emocionais. Quem nunca deu espaço a uma sobremesa mesmo se sentindo satisfeito ou comeu mais do que o necessário e depois se sentiu culpado? Esse tipo de apetite é chamado por especialistas de fome emocional.
Diferentemente da fome fisiológica, que é a necessidade real de comer para suprir as necessidades do organismo, a fome emocional surge de repente para aliviar algum desconforto emocional, como estresse, tristeza, sensação de tédio ou solidão,
Uma técnica bastante utilizada para conter o impulso de comer é o mindful eating (comer consciente). O conceito envolve o desenvolvimento das percepções e a consciência sobre os hábitos alimentares. Veja 3 dicas básicas para conter a compulsão alimentar usando o mindful eating:
1- Só coma quando realmente estiver com fome – mas não quando estiver faminto: se você pular refeições, você poderá ficar tão ansioso para colocar qualquer coisa no estômago, que sua primeira prioridade é preencher o vazio em vez de desfrutar a comida.
2- Aprecie sua comida: pause um minuto antes de começar a comer para contemplar toda a mesa posta e as pessoas que o levaram a preparar a refeição.
3- Traga todos os seus sentidos para a refeição: quando você está cozinhando, servindo e comendo seu alimento, esteja atento à cor, à textura, ao aroma, e até mesmo aos sons que os alimentos
diferentes fazem enquanto você os prepara. Ao mastigar a comida, tente identificar todos os ingredientes, especialmente os temperos.
Mitos e verdades sobre fome emocional
A Escala da Fome pode auxiliar no controle da fome emocional
Verdade. A Escala da Fome é um gráfico que define, em números de 1 a 10, o grau da nossa fome e saciedade. Por meio dele, é possível refletir sobre a fome que está sentindo antes de cada refeição e, depois de comer, avaliar a saciedade. E isso pode ajudar a recuperar os próprios sentidos para comer adequadamente.
O tédio pode ser considerado um gatilho para a fome emocional
Verdade. Uma pesquisa feita pelo Arab Journal of Basic and Applied Sciences em jovens universitários indicou que o tédio pode ser considerado um fator que contribui para o comportamento alimentar emocional, resultando no consumo de alimentos doces e salgados de alto teor calórico.
Exercícios físicos não são importantes para lidar com o quadro
Mito. Um estudo publicado no periódico Journal of Eating Disorders apontou que programas que promovem exercícios físicos e uma alimentação consciente podem ter um efeito positivo sobre os quadros do comer emocional e auxiliar na manutenção de um peso saudável.
O que fazer?
A alimentação emocional pode resultar em transtornos alimentares sérios, como anorexia, bulimia e síndrome do comer noturno, além de levar ao aumento de peso.
Portanto, identificar o que dispara o desejo de comer e investigar a relação com a comida são os primeiros passos para manter uma relação saudável com a alimentação. Para isso, o ideal é buscar ajuda psicológica.
Deixe um comentário